Desenvolvimento Da Aula Marislei E Diana

A aula será iniciada, sobre um cometário sobre a vida do autor, ano do seu nascimento, algumas curiosidades e sobre suas obras escritas. Após faremos a leitura do "Poema Juca Pirama"

ANTÔNIO GONÇALVES DIAS
(Caxias 10/08/1823 – Guimarães 03/11/ 1864)

Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, dedicou-se ao magistério quando retornou ao Brasil, em 1845. Foi professor de Latim e de História no colégio Pedro II. Em 1849, junto com Araújo Porto Alegre e Joaquim Manuel de Macedo, fundou a revista Guanabara. No ano de 1851, foi incumbido pelo governo de estudar os aspectos educacionais primários e secundários na região Norte. Foi quando conheceu Ana Amélia Ferreira do Vale, uma paixão frustrada, já que o poeta se casou mais tarde com outra pessoa.
Gonçalves Dias empreendeu viagens à Europa como representante do governo brasileiro, e como etnógrafo esteve em visita à Amazônia, integrando também comitiva governamental.
Com a saúde abalada, foi novamente à Europa no ano de 1863 em busca de tratamento. Na volta ao Brasil, o navio em que viajava naufragou na costa maranhense em 03 de novembro de 1864.
A Gonçalves dias coube o papel de consolidação da escola romântica no Brasil, ao lado do escritor José de Alencar. Ambos foram decisivos na formação de um temário nacional em nossa literatura e ambos se aprimoraram na forma de assegurar a brasilidade literária, a sua cor local.
Embora a obra de Gonçalves Dias inclua teatro, historiografia e uma tentativa de escrever um romance, foi como poeta que ele realizou a melhor e maior parte de seu trabalho. Já nos Primeiros Cantos estão presentes as linhas temáticas que marcam a produção literária da época: o saudosismo, o indianismo e o lirismo amoroso.
O índio é, na visão de Gonçalves Dias, a memória não registrada pela História, por isso o poeta o enxerga pela ótica do lirismo e da pesquisa. Daí o índio ser visto como o cavaleiro medieval que o Brasil não teve, ele o substituiu. Desse modo- ou seja, como um cavaleiro que obedece a códigos de honra, Gonçalves Dias contribuiu uma das mais extraordinárias figuras do indianismo no poema épico I-Juca Pirama.
Os poemas de Gonçalves Dias não têm nenhuma relação com o indianismo das narrações folclóricas, o índio residia dentro dele, em seu sentimento, na sua imaginação poética. Não lhe vinha de torna-viagem, para com outros indianistas do seu tempo, que o antecederam ou sucederam, estavam lhe no corpo, alimentava-lhe a personalidade. Era uma força secreta, em estado de legítima defesa. O seu índio dos poemas líricos ou épico seria índio mesmo, e não índio de cartão postal.

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