Grupo 6 Resenha 3

BATISTA, Silvia Cristina Freitas; BEHAR, Patricia Alejandra; PASSERINO, Liliana Maria. Uso Pedagógico de Celulares: análise de estratégias pedagógicas. Campinas: Endipe/Unicamp, 2012.

O presente artigo teve como objetivo analisar estratégias pedagógicas aplicadas numa instituição federal quanto ao uso de celular, dos próprios alunos, ao longo de um semestre letivo. A pesquisa que aborda esta temática é importante, pois a sociedade atual vivencia uma nova forma de aprendizagem mediadas pelos avanços tecnológicos e no espaço escolar esta nova forma de aprender não deve ser diferente. Segundo as autoras, a pesquisa relacionada aos dispositivos móveis se faz necessária por entender que tais dispositivos estão presentes na vida dos alunos desde muito cedo. Ainda segundo as autoras, estes inseridos na prática pedagógica permite aproximar o processo educacional do contexto dos jovens. Para Presnky(2010), os jovens das gerações atuais estão conectados ao mundo e aos colegas de forma totalmente diferente das gerações anteriores, assim, as necessidades não são as mesmas das gerações anteriores.Também, ressaltou que os dispositivos têm limitações e potencialidades específicas de mobilidade e conectividade, assim sendo necessário adotar um metodologia adequada para utilização em educação.

Nesse sentido, a pesquisa buscou analisar estratégias pedagógicas aplicadas em dois estudos de caso, na disciplina de Cálculo I de duas turmas de uma instituição federal. As turmas inseridas na investigação foram: 1° período do Bacharelado em Sistemas de Informação (curso diurno) e 1° período do Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (curso noturno). A investigação foi fundamentada nos aspectos relacionados à mobile learning (m-learning) e princípios básicos da Teoria da Atividade (TA). A plataforma virtual de aprendizagem adotada foi o Moodle, com o plugin MLE-Moodle, que permite estender para celulares as funcionalidades do referido ambiente. A fim de entender a investigação proposta, as autoras organizaram o texto em cinco seções que são nomeadas respectivamente em: Mobile Learning; Teoria da Atividade: princípios básicos e contribuições para m-learning; Estudos de Caso: contexto e estratégias pedagógicas; Análise de estratégias Pedagógicas.
Entende-se por pesquisa em m-learning, segundo Sharples et al. (2009), a busca em analisar como as tecnologias móveis podem apoiar a aprendizagem, e que envolve muito mais do que questões tecnológicas, assumindo potencialidades para colaboração na aprendizagem de maneira informal ou formal. Também acrescenta que a era atual é da mobilidade pessoal e tecnológica, oportunizando o aprender de forma diferente. Em Teoria da Atividade (TA), verifica-se que tem como base as ideias da Teoria Sócio-Histórica cujo foco está nas atividades que os indivíduos desenvolvem e nas relações diversas. Assim, a TA se destina a satisfazer necessidades cognitivas (NÚÑEZ, 2009). Ainda segundo o autor, seguindo esta concepção, a aprendizagem formal possui um caráter social, além do individual, pois ocorre na interação com outras pessoas de forma colaborativa e comunicacional e por meio de instrumentos e signos. Para Bakhtin (2011, p.261-262), os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem, o emprego da língua efetua-se em forma de enunciado, que exige uma resposta, assim promove a interação , já a teoria interacionista diz que a linguagem é a construção do pensamento; e antes de ser veículo de sentimentos, ideias, emoções, aspirações, a linguagem é um processo criador que organizamos e informamos as nossas experiências. FRANCHI, 1977, p.18-9)
Atividades são" {…} processos que , realizando as relações do homem com o mundo, satisfazem uma necessidade especial correspondente a ele"(LEONTIEV, 2001,p.68). A TA se divide em três conceitos: atividade, ação e operação, que unidas formam um elo de atividades que se resolvem com ações motivadas por objetivos distintos, e que cada ação requer diversas operações que se adaptam em condições especificas. Segundo Sharples, Taylor e Vavoula(2005) a teoria considera a aprendizagem como um processo ativo de construção de conhecimento e habilidades, por meio de atividades no contexto de uma comunidade.
A pesquisa procura atender todos alunos, tornando possível seu acesso através de diferentes recursos além do celulares para suprir as limitações, que serão eliminadas através do avanço tecnológicos e a popularização. Segundo a conclusão das autoras Batista et. al. (2012) os aplicativos precisam atender mais opções de sistemas operacionais, foi visto que a pesquisa procurou fazer adaptações para instalações do aplicativo em sistemas operacionais diferentes. O uso do quizzes possibilitou mensurar a utilização do aplicativo. Mediante as análises propostas, neste estudo, verificamos que o uso do aplicativo teve boa aceitação por parte da turma, logo o uso dos mesmos proporcionaram a construção do conhecimento. Também, é importante ressaltar que ao utilizarem os dispositivos como proposta pedagógica verifica-se que as autoras Batista et. al. (2012) propiciaram o aprender de forma diferenciada, adaptando o uso do aplicativo para aqueles que não tinham acesso a internet. Então, ao perceberem as limitações de alguns aparelhos buscaram estratégias para viabilizar o uso, isto é, experimentaram. Nesse sentido, compreendemos que o uso pode gerar ainda diversas complicações, mas, se refletirmos sobre sua adesão na prática pedagógica, certamente, será necessário para que os docentes falem a língua dos nativos digitais e das nova tecnologias.
O link é uma reportagem que fala das inovações sobre o uso de tecnologias na educação inclusive em escola pública respeitando as diferenças de aprendizado dos alunos https://www.youtube.com/watch?v=U56apjVYR9w. Uso de possível das TIcs já está mais que eminente já é fato, porém temos que abrir os olhos e arregaçar as mangas para mergulhar nesse processo como professores que somos.

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